segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

"Por que gastar tempo e dinheiro por uma simples árvore?"

Esta manhã fui acordada com o barulho da moto serra. Ao olhar pela janela da cozinha, enxergo somente os pedaços que sobraram da árvore que nos presenteava em dias quentes com a sua sombra. A primeira reação que tive foi de revolta, por que cortar esta árvore? Sem pensar, desço as escadas e vou ao encontro daqueles que ajuntam os pedaços da árvore e pergunto: "Por que vocês cortaram esta árvore?" A resposta é imediata: "Precisamos construir a calçada". 

Todos nós temos visto o quanto nossa cidade tem ficado bonita com as novas calçadas. Elas realmente vão facilitar, e muito, a circulação de pessoas com deficiência física e visual, e também a nossa. Mas, ainda assim, continuo me perguntando: "Era mesmo necessário cortar aquela árvore? Não havia nenhum outro jeito". Acredito que havia sim outra maneira, mas para que se preocupar com isso, não é? Para que gastar tempo e talvez até dinheiro por uma simples árvore que está "atrapalhando"?

Não é novidade para ninguém o quanto a discussão ecológica tem aumentado nos últimos anos. Ouvimos quase que diariamente: "O mundo precisa mudar. Do jeito que está, não pode ficar." Tem sido até bem comum ouvir que o mundo está caminhando para o fim. Não acredito que o mundo irá acabar, mas é só olhar ao nosso redor e perceber quanta coisa já não existe mais. Quantos animais não existem mais, quantas plantas, quantas árvores. Como é difícil encontrar um rio ainda que não esteja poluído ou então um lugar em que podemos respirar ar puro. Boa parte da criação de Deus já foi destruída. E quem é o responsável por esta destruição? Aqueles a quem o próprio Deus, após contemplar a beleza do que Ele havia criado, fez um pedido muito especial: "cultivem e guardem o meu jardim" (Gênesis 2.15).

O tema da nossa igreja este ano é: "Paz na criação de Deus - Esperança e Compromisso". Como pessoas cristãs, ainda temos esperança de que a Criação de Deus não irá simplesmente desaparecer. E – mais importante ainda – como pessoas cristãs, temos o compromisso de olhar com revolta e tristeza e questionar atitudes que ignoram a importância daquilo que Deus nos deu, nem que seja uma simples árvore.

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